120 – NOS DOMÍNIOS DO BEM

Mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício
não fosse compor obrigaço, mas espontâneo
– Paulo (Filemon, 1:14.)
É das Leis evolutivas que todos os agentes inferiores da Natureza sirv am em regime
de compulsória.
Pedras são arrancadas ao berço multimilenário para que obedeçam nas
construções.
Tombam vegetais, a duros lances de força para se fazerem mais úteis.
Animais sofrem imposições e pancadas, afim de se entregarem à prestação de
serviço.
Alcançando, no entanto, a razão, por atestado de madureza própria, o espírito é
chamado ao livre arbítrio, por filho do criador que atingiu a maioridade na criação.
Chegado a essa fase, ilumina-se pela chama interior do discernimento para a aquisição
das experiências que lhe cabem realizar, de modo a erguer seus méritos, podendo, em
verdade, escolher o caminho reto ou sinuoso, claro ou escuro, em que mais se apraza.
Reflete, pois, na liberdade íntima e pessoal de que dispões para fazer o bem,
amplamente, ilimitadamente, constantemente …
Escrevendo a Filêmon, disse Paulo: mas nada quis fazer sem o teu parecer, para
que o teu benefício não fosse como por obrigação, mas espontâneo.
Assim, também, o Divino Mestre para conosco.
Aqui e ali, propõe-nos, de maneira direta ou indireta, ensinamentos e atitudes,
edificações e serviços, mas espera sempre por nossa resposta voluntária, de vez que a
obra da verdadeira sublimação espiritual não comporta servos constrangidos.

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