55 – SUPORTEMOS

T enha, porém, a paciência a sua obra perfeita…
(Tiago 1:4)
Detém-te um minuto no torv elinho das preocupações costumeiras e repara que deves o
próprio equilíbrio à Paciência divina, a sustentar-nos em cada instante da vida, através de
mil modos.
Muita gente, talv ez, em te fitando na ternura do recém -nato, duvidasse da tua capacidade
de sobreviver para a existência terrestre, mas Deus teve paciência contigo e conferiu-te o
devotamento materno que te ajudou a ativar as energias do próprio corpo.
Entendidos em psicologia, em te anotando a intempestividade infantil, provavelmente
desconfiaram da tua possibilidade de alfabetização, mas Deus teve paciência contigo e
concedeu-te a heróica ternura de professores abnegados que te abriram novos horizontes
no campo da educação.
E a paciência do Senhor, cada dia, permite, generosa, que tales plantas inermes, que te
assenhoreis do suor e do sangue dos animais, que te apropries das forças da Natureza e
que te valhas, indiscriminadamente, do concurso dos semelhantes para que te alimentes
e mediques, restaures e instruas.
Lembra-te dessa Paciência Perfeita que te beneficia, e cultiva paciência para com os
outros.
O companheiro cuja aspereza te ofende e o aprendiz cuja insipiência te irrita são irmãos
que te rogam cooperaç ão, e entendimento, e quantos te caluniem ou apedrejem são
doentes que te pedem simpatia e consolo…
as para que colabores e compreendas, harmonizes e reconfortes é necessário que a
tolerância construtiva te alente os passos.
À frente dos óbices de todo gênero, guarda a paciência que ajuda, e, diante dos ataques
de toda ordem, cultiva a paciência que esquece.
Escuda-te, pois, na paciência para com todos, sem jamais te esqueceres de que a alegria
dos homens é a Paciência de Deus.

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