165 – NOS DOMÍNIOS DA AÇÃO

“Mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício
não f osse por obrigaço, e sim de livre vontade”.
– Paulo. (FILÉMON, 1:14)
Orgulha-se o homem de teres e haveres e costuma declarar, às vezes com excelentes
razões, que os ajuntou à custa de esforço enorme… Entretanto, o Senhor é quem lhe
emprestou os meios para adquiri-los, esperando que ele os administre sensatamente.
Envaidece-se da cultura intelectual e, freqüentemente, assevera, em algumas
circunstâncias com seguras justificativas, que deve os tesouros do pensamento aos
sacrifícios que despendeu para estudar… Todavia, o Senhor é quem lhe confiou os
valores da inteligência para que ele os abrilhante na construção da felicidade comum a
todos.
Ensoberbece-se do poder de que dispõe, afirmando, em determinados casos não sem
motivo, que efetuou semelhante aquisição a preço de trabalho e sofrimento… No entanto,
é o Senhor quem lhe propiciou os recursos para a conquista da autoridade, na expectativa
de que ele a exerça dignamente.
Ufana-se com respeito à saúde que usufrui e proclama, em certas ocasiões com base
respeitável que mantém a euforia orgânica a expensas de rigorosa disciplina pessoal…
Contudo, o Senhor é quem lhe faculta os elementos essenciais de sustentação do próprio
equilíbrio, a fim de que ele empregue o corpo no levantamento do bem geral.
Rejubila-te, pois, com as poss ibilidades de auxiliar, instruir, determinar e agir, mas,
consoante o ensinamento do Apóstolo, não olvides que a bondade do Senhor vige nos
alicerces de tudo o que tens e reténs, a fim de que te consagres ao serv iço dos
semelhantes, na edificação do Mundo Melhor, não como quem assim procede, através de
constrangimento, mas de livre vontade.

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