119 – NOS PROBLEMAS DA POSSE

“Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que
nada podemos levar dele”. PAULO (Timóteo, 6:7.)
Não encarceres o próprio Espírito ao apego aos patrimônios transitórios do plano material
que, muitas vezes, não passam de sombra coagulada em torno do coração.
Observa o infortúnio de quantos se agrilhoaram à paixão da posse, nos territórios do
sentimento.
Muitos não se contentaram com a própria ruína, convertendo os semelhantes em vítimas
dos desv arios a que se confiaram, insanos.
Supunham-se donos das criaturas que amavam e, ante os primeiros sinais de
emancipação a que se mostraram dispostas, não vacilaram em abatê-las sob golpe
homicida.
Julgavam-se proprietários absolutos de bens passageiros e transformaram as lágrimas
dos órfãos e das viúvas em cadeias de fome e vínculos da morte.
Presumiam-se mandantes exclusivos da autoridade e fortaleceram o império da violência.
Superestimavam os próprios recursos e, enceguecidos na megalomania do poder
transviado, agravaram, junto de si,os perigos da ignorância e os processos de crueldade.
Todos eles, porém, dominados pelo orgulho, despertaram, desorientados e infelizes, nas
trev as que amontoaram em si mesmos, com imenso trabalho a fazer para a própria
libertação.
Usa as possibilidades da vida, sem a presunção de te assenhoreares daquilo que Deus te
empresta.
Nessa ou naquela vantagem efêmera, que te felicite o caminho entre os homens, recorda,
com o Apóstolo Paulo, que os Espíritos reencarnados não trazem consigo quaisquer
propriedades materiais para este mundo e manifesto é que nenhuma delas poderão levar
dele.

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