111 – PERANTE OS INIMIGOS

“Reconcilia-te sem demora com o teu adversário…” – Jesus.
(MATEUS, 5:25.)
Diante dos inimigos, preservemos a própria serenidade.
Reconciliar-se alguém com os adversários, nos preceitos do Cristo, é reconhecer-lhes,
acima de tudo, o direito de opinião.
Exigir a estima ou o entendimento dos outros e preocuparmo-nos em demasia com os
apontamentos depreciativ os que se façam em torno de nós, será perder tempo valioso,
quando nos constitui sadio dever garantir a nós próprios tranquilidade de consciência.
Harmonizar-nos com todos aqueles que nos perseguem ou caluniam será, pois, anotar-
lhes as qualidades nobres e desejar sinceramente que triunfem nas tarefas em cuja
execução nos reprovam, aprendendo a aprov eitar-lhes as advertências e as críticas
naquilo que mostrem de útil e
construtiv o, prosseguindo ativamente no caminho e no trabalho em que a vida nos situou.
Renunciemos, assim, à presunção de v iver sem adversários que, em verdade, funcionam
sempre por fiscais e examinadores de nossos ato, mas saibamos continuar em serviço,
aproveitando-lhes o concurso sob a paz em nós mesmos.
Nem o próprio Cristo escapou de semelhantes percalços.
Ninguém conseguiu furtar a paz do Mestre, em momento algum; entretanto, ele, que nos
exortou a amar os inimigos, nasceu, cresceu, lutou, serviu e partiu da Terra, com eles e
junto deles.

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