99 – RECLAMAÇÕES

“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e
não o faz, nisso esta pecando”. (TIAGO, 4:17.)
Censuras com grande alarde os que se oneraram, nos delitos do furto; entretanto, se
acumulas, inutilmente, os recursos necessários ao sustento do próximo, não podes alegar
inocência.
Acusas os que desceram à criminalidade, mas, se nada realizas pela extinção da
delinqüência, não te cabe o direito de reprovar.
Apontas o egoísmo dos gov ernantes; no entanto se te afervoras no egoísmo dos dirigidos,
deitas apenas conversa vã.
Criticas todos aqueles que instruem os seus irmãos de maneira deficiente; contudo, se
dispões de competência e foges ao plantio da educação, não estarás tranqüilo contigo
mesmo.
Clamas contra aqueles companheiros que categorizas por rebeldes e viciados, quando
lhes anotas a presença no trabalho de socorro aos semelhantes; todavia, se te sentes
virtuoso e não lev antas se quer uma palha em favor dos que sofrem, as sentenças que te
saem da boca não passarão de injustiça.
Entra no serviço da alma e coração, para que possas c omentá-lo.
Ninguém pode exigir dos outros o que não dá de si mesmo.
Quem sabe o que deve fazer, e não faz, deserta dos deveres que lhe competem, caindo
em omissão lamentável, e, se atrapalhar quem procura fazer, certamente responderá com
dobradas obrigações pelo que não fizer.

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