67 – A MELHOR MEDIDA

Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita,
para que sejais perfeitos e completos, sem falar em coisa alguma.
(TIAGO, 1:4)
Mais que as doenças vulgares do corpo, sofres os problemas da alma, agravando-te a
tensão, a cada dia.
Mais que os micróbios patogênicos a assaltarem-te os tecidos do instrumento físico,
padeces a intromissão de agentes mentais inquietantes, atormentando-te as fibras da
alma.
Levantas-te, cada manhã, muita vez, com as lutas da véspera e antes que se te
rearmonizem as forças, cambaleias mentalmente ao impacto da irritação de familiares
incompreensivos.
Prestas longas explicações a benefício da tranqüilidade ambiente; contudo, mal terminas
o arrazoado afetuoso, há quem te malsine a palavra, complicando as questões em torno…
Movimentas correção e sinceridade, honrando os próprios deveres; todavia, quando te
julgas a cavaleiro de toda a crítica, aparece alguém arrastando-te o coração ao mercado
da injúria…
Empenhas carinho e abnegação no cultiv o do amor ao lado de alguém; contudo, quando
te crês em segurança no caminho do entendimento, observas que a ingratidão te
envenena os melhores gestos…
Entretanto, há frente de toda a dificuldade não te lastimes, nem desfaleças…
Para toda a perturbação, a paciência é a melhor medida.
Não profiras qualquer palavra de que te possas arrepender.
Silencia e abençoa sempre, porque, amanhã, quantos hoje se precipitam na sombra
voltarão novamente à luz.
Esquecido, usa a paciência e ajuda sem exigir.
Insultado, recorre à paciência e esquece o mal.
Em todas as dores, arrima-te à paciência.
Em todo o embaraço, espera com paciência.
Todo o progresso humano surge da paciência Divina. Conserv a-te, pois, na força da
paciência e, onde estejas, farás sempre o melhor.

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