40 – ENQUANTO PODES

Tu, porém, por que julgas teu irmão ? e tu, por que desprezas o teu ?
pois todos compareceremos perante o Tribunal de Cristo”.
PAULO (ROMANOS, 14:10.)
Constrangido a examinar a conduta do companheiro, nessa ou naquela
circunstância difícil, não lhe condenes os embaraços morais.
Lembra-te dos dias de cinza e pranto em que o Senhor te susteve a queda a poucos
milímetros da derrota.
Não te acredites a cavaleiro dos novos problemas que surgirão no caminho …
Todo serviço incompleto, que deixaste na retaguarda, buscar-te-á, de novo, o
convívio para que lhe ofereças acabamento. E o remate legal de todas as nossas lutas
pede o fecho do Amor puro como selo da Paz Divina.
As pedras que arremessaste ao telhado alheio v oltarão como tempo sobre o teto em
que te asilas, e os venenos que destilastes sobre a esperança dos outros tornarão,no
hausto da vida, ao clima de tua própria esperança, testando-te a resistência.
Aprende, pois, desde hoje, a ensaiar tolerância e entendimento, para que o remédio
por ti mesmo encomendado às mãos do “agora” não te amargue a existência, destruindo-
te o coração.
Toda semente produz no solo do tempo e as almas imaculadas não povoam ainda a
Terra.
Distribui, portanto, a paciência e a bondade com todos aqueles que se enganaram
sob a neblina do erro, para que te não faltem a paciência e a bondade do irmão a que te
arrimarás no dia em que a sombra te ameace o campo das horas.
Auxilia, enquanto podes.
Ampara, quanto poss as.
Socorre, quanto possível.
Alivia, quanto puderes.
Procura o bem, seja onde for.
E, enquanto podes, desculpa sempre, porque ninguém fugirá do exato julgamento
na eterna lei.

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