VEM E AJUDA

Repara, além das rosas do teu horto,

Onde a luz do teu sonho brilha e mora,

Os romeiros que seguem, vida a fora,

Padecendo aflição e desconforto.

Infortunados náufragos sem porto,

Tristes, rogando a paz de nova aurora,

Levam consigo a dor que clama e chora

Sob as chagas do peito quase morto…

Não te detenhas!… Vem, socorre e ajuda

A multidão que passa, inquieta e muda,

Implorando-te amor, consolo e abrigo!

Reparte o pão que te enriquece a mesa,

Estendendo o teu horto de beleza,

E o Mestre Amado habitará contigo.

Francisco C. Xavier – do livro Auta de Souza

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