O sexo é o santuário de vidas do reino animal, é um laboratório divino, pelo qual duas almas se unem, descobrindo o lar, reencontrando antigos companheiros de lutas evolutivas.
Eis por que sua presença na Terra, na gradação em que se encontra a humanidade, é uma das mais expressivas, senão a maior.
Ele também é o canal do amor.
A função sexual é a que anda mais de perto com a responsabilidade, por ser um energismo preponderante que extravasa em todos os sentidos ou qualidades da alma.
A sua influência é hipnótica, carecendo de bastante rigor no campo educativo.
O complexo humano, sendo um carro, o sexo é o motor, e o combustível, a mente.
Se quiserdes, acionareis o veículo a qualquer hora, pelo pensamento.
Os homens de priscas eras desregraram-se em todas as nuances emotivas: enfraqueceram o tônus espiritual da vida pelo abuso, marginalizaram-se diante do esplendor da vida, e pelo fanatismo, passaram para o outro extremo, abstendo-se do sexo, ou se fazendo castos, pela imprudência religiosa.
O caminho mais acertado é o do meio, o uso de tudo com que a natureza dotou os homens, com prudência, nas linhas que a consciência aprovar, e o bom senso discernir, pela inspiração de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Há os que nascem eunucos; estes devem usar o que possuem para remodelar valores e aprumarem-se em diretrizes que a sua evolução permite.
O espírito puro, em certas circunstâncias, vezes sem conta, reencarna no Mundo com os órgãos sexuais atrofiados, por não sentirem necessidade dessas emoções, sabendo transmutá-las e dividi-las em tarefas sublimadas e, quando nasce normal, sabe usar o sexo dentro da dignidade, o que não faz diminuir sua postura espiritual já conquistada em milénios de experiências.
Essa verdade poderemos constatar nos grandes vultos da humanidade.
O sexo é o alicerce constituído pela vida e para a vida, é uma fonte inesgotável de energia criadora, que merece respeito e veneração de todos os seres.
Esse mundo de sensações, que chamamos de santuário, e por vezes de prostituição, é o brotar energético da mais intensa aglutinação de valores, onde o bom senso deve estar ativo para o seu devido uso, sem perversão, porquanto é o campo genético responsável pelas reencarnações dos espíritos na arena física.
O ato sexual entre casais que se amam profundamente, em que a sintonia dos sentimentos ultrapassa todos os problemas da vida, em que a amizade está completamente envernizada na moral e na honestidade, se dá como uma transfusão de energias de vida de um para com o outro, uma lubrificação nas engrenagens morfológicas, um acalmar do sistema neuro-vegetativo e um ritmar das forças cerebrais.
No entanto, quando isso acontece fora das leis acima mencionadas, tudo se altera, desde a infra-estrutura molecular até o corpo espiritual.
São magnetismos distonantes, permutados sem campo de aceitação.
O casamento é uma instituição da Terra, para disciplinar também o instinto sexual.
Ele, de qualquer maneira que se apresentar, lutando com todos os climas da inferioridade da alma, é um suporte elevado, que faz alguma coisa para a serenidade da consciência.
Os filhos são igualmente lábaros com inscrições – 74 – disciplinares, que fazem os pais se referem diante de muitos impulsos, que os levariam ao descrédito moral, como os pais são balizas ou roteiros, a refletirem nas memórias dos filhos, para que estes sustem um pouco a animalidade.
O sexo agora está sendo o ponto primordial de todas as cogitações humanas.
Há regressão na coletividade? Nãol.
.
.
Apenas está se aflorando aquilo que estava dentro, em pleno sono.
A humanidade avança, queira ou não, e as suas forças convergem para o centro, onde está o equilíbrio da vida e das coisas, onde Deus se encontra.
Estamos passando por um período de reajustamento espiritual e é justo que soframos pressões de todas as ordens, para que despertemos em nós a resistência.
Carecemos de disciplina, de educação, de paz, e é somente na intensa luta que as conquistamos.
E as maiores regras ainda são as de Jesus.
O Evangelho é o ponto culminante para conhecermos a verdade que nos fará livres.