Quantos desafios a vida nos apresentou no dia de hoje?
Desde o momento do despertar até agora.
Para alguns o sair da cama diariamente é um grande desafio.
Não falamos daqueles que temos a conhecida preguiça da manhã, mas dos que sofrem distúrbios psicológicos como depressão, pânico ou alguma de suas vertentes.
O desafio seguinte é o da convivência diária, de resolver as primeiras questões, lidar com os humores nem sempre previsíveis desta ou daquela pessoa e mesmo o nosso.
Lidar com horários, compromissos, pessoas estranhas, trânsito, má educação.
E seguem os desafios se sucedendo.
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Alguns, mal acordamos e já precisamos cuidar de alguém doente.
E outros nem dormimos bem à noite, velando o sono de outra pessoa.
A vida é feita de desafios.
Já percebemos isso?
A alma sábia, ao invés de perguntar: Meu Deus, por quê? Questiona: Meu Deus, para quê?
O primeiro questionamento usualmente é o da revolta, da falta de fé daqueles que nos acreditamos vítima dos acontecimentos da existência.
O segundo questionamento, alterando a devida entonação, é o do Espírito resignado, que quer entender os objetivos de tudo que se passa consigo, para aprender.
Resignação e aceitação não são posturas passivas.
São posturas inteligentes e ativas.
Buscamos entender o que nos acontece, relacionamos isso com as nossas necessidades, dando o devido peso a cada acontecimento, a cada fato e dali retiramos a lição preciosa.
O imperador romano Marco Aurélio, grande filósofo estoico, afirmou: Tudo aquilo que nos incomoda é ensinamento.
Os desafios da vida são provas, são lições, e precisam ser tratados dessa maneira.
Quase sempre os consideramos fardos, estorvos, que precisamos eliminar o quanto antes para voltar ao nosso estado de conforto ou felicidade.
Se fizermos isso e a lição não for aprendida, é como entregar uma prova em branco na escola.
Ou faltar no dia da avaliação.
Somente através dos desafios é que as experiências se apresentam valiosas, significativas, porque cada um deles se transforma em impedimento que foi transposto, vencido, dando-nos direito a uma real conquista.
Pode parecer estranho, mas ninguém deve aspirar por tranquilidade antes de conseguir os valores que a proporcionem, sendo natural que as dificuldades caminhem lado a lado com as conquistas evolutivas.
Toda marcha, por si mesma, impõe esforço, obediência ao programa, paciência para vencer os trechos a percorrer.
Naquela que diz respeito à conquista dos tributos espirituais, mais complexos e variados são os testes que vamos encontrar à frente.
Por isso, não maldigamos os desafios, nem fujamos deles antes da hora.
São eles que estão nos tornando maiores.
São eles que estão robustecendo nossa força moral.
A árvore que se nega à tempestade não enrijece o tronco, da mesma forma que os metais que se recusam às altas temperaturas, na umidade são devorados pela ferrugem e a oxidação.
Que venham os desafios.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.
6, do livro
Vitória sobre a depressão, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed.
LEAL.
Em 22.
11.
2024