LIGAÇÕES FAMILIARES – CALMA – EMMANUEL – FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Quanto possível, esforça-te – mas esforça-te de verdade – para viver em harmonia com os

parentes que te pareçam menos afinados com os teus pontos de vista.

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No Plano Físico, não nos achamos vinculados com alguém, nos laços da consangüinidade,

sem justa razão de ser.

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Aqueles que alimentam ódio e aversão, quando desejosos de melhoria, são induzidos por

Benfeitores da Vida Sublimada, a se reencarnarem juntos, a fim de apagarem as labaredas

de discórdia que lhes atormentam a vida íntima, através de provações atravessáveis em

comum.

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Se os propósitos desse ou daquele familiar te parecem claramente opostos aos ideais

superiores que abraças, abençoa-o com os teus melhores pensamentos e não lhe barres os

passos no caminho das experiências que se lhe fazem precisas.

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Não desprezes teus pais ou teus filhos por serem desorientados ou doentes, porque talvez

tenhas sido, em existências já transcorridas, a causa direta ou indireta dos desequilíbrios ou

enfermidades que patenteiam.

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Em muitas ocasiões, terás renascido em consangüinidade com parentes rudes e, às vezes,

cruéis, unicamente por amor a eles, de modo a auxiliá-los na transformação necessária, com

as tuas demonstrações de tolerância e paciência, devotamento e humildade.

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Se depois de sacrifícios inumeráveis em favor de parentes determinados – e isso acontece

freqüentemente entre pais e filhos – notas, no íntimo, que a tua consciência se reconhece

plenamente quitada para com eles, sem que esses mesmos familiares, após longo tempo de

convivência, demonstrem o mínimo sinal de renovação para o bem, deixa que sigam a

estrada que melhor se lhes adapte ao modo de ser, porque as Leis da Vida não te obrigam a

morrer, pouco a pouco, a pretexto de auxiliar aos que te recusam o amor.

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Uma criança terna e inesquecível que retorna ao Mais Além, nos primeiros tempos da

infância, quase sempre é um coração profundamente dedicado ao teu progresso espiritual

que apenas regressou ao teu convívio doméstico, a fim de acordar-te, para as realidades da

alma, através da saudade e da afeição.

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Se não tens a devida força para carregar os compromissos que assumes diante de uma

pessoa, com que partilhaste as alegrias do sentimento, nunca abandones a criança ou as

crianças que houverem nascido de semelhante união.

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Educa ou reeduca os pequeninos, sob a tua responsabilidade, enquanto na infância tenra,

facilmente amoldável aos teus princípios de natureza superior, mas diante dos familiares

erguidos à condição de adultos, respeita-lhes a liberdade de caminhar no mundo, conforme

as suas próprias escolhas, porque nem todos conseguem trilhar o mesmo caminha para a

união com Deus.

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