Drogas – Wlademir Lisso – FEESP

Decálogo que leva o adolescente às drogas, Medidas educativas são necessárias, quando detectamos um filho usando drogas

DROGAS
  
FAMÍLIA DE NÃO USUÁRIO
  • Laços familiares fortes.
  • Equilíbrio entre o afeto e a disciplina.
  • Relações cordiais e serenas no matrimônio.
  • Autoridade paterna. Moderação, firmeza e humor.
  • Pais confiantes em seus métodos educativos. Respeito, tolerância e domínio de si mesmo.
  • Disciplina. Responsabilidade. Sabem o que os pais deles esperam e têm confiança em suas decisões. Resistem melhor às pressões.
  • Pais e filhos são mais indulgentes. Vivem em harmonia.
FAMÍLIA DE USUÁRIO
  • Pais inseguros – filhos não são incluídos na relação matrimonial.
  • Pais indulgentes – titubeiam em impor princípios.
  • Ausência de equilíbrio entre o afeto e a disciplina.
  • Os pais represam as suas emoções.
  • Comunicação real e autêntica insuficiente.
  • Uso freqüente de medicamento.
  • Ausência de crenças religiosas.
PRÓ-LEGALIZAÇÃO
  • A repressão falhou. Gastam-se bilhões de dólares na guerra ao tráfico e o consumo só aumenta.
  • Com a legalização, abole-se o crime ligado ao tráfico, que movimenta por ano 500 bilhões de dólares nesse comércio.
  • O governo brasileiro arrecada perto de 2 bilhões de dólares em impostos com o cigarro. Arrecadaria com as outras drogas.
  • Reduz-se a corrupção. Polícia, justiça e políticos deixariam de receber dinheiro da droga.
  • Os consumidores deixariam de ser tratados como criminosos.
  • Evita-se que o usuário tenha contato com criminosos para obter a droga.
  • Os laboratórios farmacêuticos fabricariam droga sem misturas.
  • O álcool mata 25 vezes mais do que as drogas ilegais. O fuma mata 75 vezes mais. Mas o álcool e o tabaco são legalizados.
CONTRA A LEGALIZAÇÃO
  • Usuários eventuais seriam encorajados a consumir mais.
  • Só 10% dos que bebem álcool tornam-se viciados. Até 75% dos consumidores de drogas pesadas se viciam.
  • O correto seria aperfeiçoar a repressão, em vez de tentar a saída desesperada da legalização.
  • Sem leitos para os doentes pobres, o Estado também será incapaz de atender os viciados.
  • Adultos supostamente sabem o que é bom para eles. Adolescentes, não. Drogas legais são um perigo a mais para os jovens.
  • A propaganda, a distribuição e a produção ganharão eficiência, tanto quanto no caso do cigarro.
  • O fato de já existirem tóxicos legalizados não significa que se deva acrescentar outros à lista.
 

 

   

 

DECÁLOGO QUE LEVA OS ADOLESCENTES ÀS DROGAS
   

 

 
  1. Não se deixar pelo desespero. Os pais desesperados não usam a razão.
  2. Não se culpe, responsabilize-se.
  3. Não dramatize nem use atitudes primitivas e drásticas, como surrar, expulsar, xingar, porque tudo isso só agrava mais o problema.
  4. Tenha como meta a busca de segurança e saúde para teu filho.
  5. Sensibilize-se mostrando o envolvimento e as conseqüências, use de firmeza, mostrando-lhe que ele está doente e que pode contar com o apoio familiar para se recuperar.
  6. Institua um processo disciplinar no sistema de vida. É necessário paciência, compreensão, firmeza e acima de tudo perseverança.
  7. Procurar um profissional ou outra pessoa de confiança. Se necessário, encaminhe-o para tratamento.
  8. Impedir o assédio de determinados companheiros.
  9. Acompanhar o processo de recuperação do filho e não delegar este papel.
  10. Desmistifique idéias primárias como sentir medo ou vergonha por ter um viciado na família. O único mal é não estar ao seu lado.
  11. Procure inteirar-se dos grupos especializados de apoio a alcoólatras. Nunca interne em hospital psiquiátrico sem a devida recomendação de especialista.
 

MEDIDAS EDUCATIVAS SÃO NECESSÁRIAS, QUANDO DETECTAMOS UM FILHO USANDO DROGAS

  • Não escutar o adolescente porque ele ou ela não sabe nada.
  • Não conversar aberta e francamente com eles.
  • Pensar que, em princípio, todos são rebeldes sem causa e contestadores sem motivos.
  • Negar toda a possibilidade de falar ou discutir temas sexuais por considerá-los sujos.
  • Pensar que quando se queixam, mentem ou querem nos irritar.
  • Proibir-lhes sair com seus amigos de forma arbitrária e fixando horários como para crianças.
  • Castigá-los severamente, física e moralmente, humilhando-os, reprimindo-os.
  • Menosprezar suas idéias porque são subversivas ou estúpidas.
  • Negar-lhes seu lugar na escola e/ou na família, com seu direito a opinar.
  • Beber, fumar, tomar medicamentos para dormir, não obedecer às leis. Subordinar e contar com orgulho como se pode tirar proveito do outro, dizendo que isso se pode fazer quando já se é adulto, mas que é muito feio para um jovem fazê-lo.
WLADIMIR LISSO
FEESP

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