Um Projeto arrojado – Redação do Momento Espírita

Quantas vezes imaginamos criar algum projeto arrojado, marcante?

Quantas vezes, participando da nossa comunidade religiosa, a descobrimos pequena, com tão poucos membros e cogitamos que, de forma alguma, podemos pensar em algo que possa vir a fazer a diferença na localidade em que vivemos.

Menos ainda, em termos mais abrangentes, no Estado, no país, no mundo.
Pensamos que não pode ser nada dispendioso, porque nem todos poderiam participar.

Mas, naquele templo, em uma reunião, em que fervilharam ideias, a pequena assembleia criou o Projeto de orações para as viaturas de Polícia e do Corpo de Bombeiros.

O objetivo era pedir proteção para esses servidores em todas as suas atividades.

Para cada viatura, inclusive, seriam doados alguns bichinhos de pelúcia, para serem deixados nos porta-malas e dados às crianças que fossem socorridas em acidentes.

Doutora Lilian era um dos membros e, diante da lista pendurada no quadro de avisos, ela escolheu a viatura de número 211.

Não sabia quem seriam os policiais, nem qual área patrulhavam.
Mas, levou o Projeto muito a sério.

De modo geral, orava à noite.
Pensava que a combinação de trânsito, escuridão, especialmente em dias chuvosos, seria o momento em que os policiais deveriam ter mais proteção.

No entanto, por vezes, durante o dia, o número 211 surgia em sua mente.
Ela deixava, por alguns minutos, o que estava fazendo, e orava.

Certo dia, coincidiu que, indo para a casa de amigos, a viatura 211 passou por ela.
Minha viatura! – Exclamou.

A partir de então, passou a orar com mais fervor, sentindo-se conectada àqueles servidores.

Semanas depois, doutora Lilian se deu conta de como devia ainda mais intensificar suas preces em favor deles, acrescentando gratidão.

Foi exatamente a viatura 211 que atendeu ao acidente que envolveu sua filha, quando ocorreu um problema na roda direita dianteira do carro, que o fez mergulhar no riacho.

Por algo que ela considera um verdadeiro milagre, a filha escapou com leves ferimentos.

* * *

Já imaginamos algo semelhante? Adotarmos, anonimamente, uma Corporação, para lhe enviarmos preces, todos os dias?

Quantas vezes pensamos nos perigos a que se expõem policiais e bombeiros, em suas missões de resgates e atendimentos cotidianos?

Quando explodiu a pandemia, muitos passamos a orar pelos médicos, enfermeiros, atendentes dos hospitais, porque reconhecemos o esforço e a dedicação deles.

Também entendemos que precisavam de vibrações positivas para se manterem dispostos no bom trabalho.

Pensando em tantos que nos servem, no serviço público, de lixeiros, faxineiros, serventes, a agentes de saúde, seguranças, a ocupantes de altos cargos, seria oportuno que abraçássemos um projeto semelhante ao dessa pequena comunidade.

Para uns, a prece lhes será fortalecimento das energias físicas.
Para outros, vibrações para decisões acertadas, despojadas de interesse pessoal.

Oremos.
Longe estamos de entender o grande alcance das rogativas, em nome do amor.

Prece é luz, é energia.
É bênção do Alto alcançando os filhos de Deus na Terra.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
42,

do livro Milagres em família, de Yitta Halberstam

e Judith Leventhal, ed.
Butterfly.

Em 25.
4.
2022

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