CAMPO MENTAL – Horizontes da Mente – Miramez 5/5 (1)

A área dos pensamentos, que nos parece das mais sagradas, é, na verdade, um santuário onde a educação deve corresponder aos anseios da vida maior.

A energia mental é de grande responsabilidade com relação ao corpo físico.

Ele depende dela desde o mais intrincado metabolismo celular, até a defesa sedosa da pele contra os mais ousados vírus propagadores do pânico e da morte.

Quem estuda a casa mental, como aplicar as forças das ideias, e o arejamento da própria consciência, está nascendo para uma nova era: a era do espírito e da verdade.

A energia mental inferior obedece à lei compatível com a sua formação intrínseca, e agrega, dado seu retardamento vibratório, coágulos em toda a extensão física, de onde promanam enfermidades desconhecidas, dores lancinantes.

No sistema neuro-vegetativo, com sensações desagradáveis, perturba alguns dos mais sensíveis filamentos nervosos, que se encaixam na engenhosa base espinhal.

Existem alguns sensitivos que notam os coágulos em certas pessoas, pelo mau odor desprendido através dos poros desses focos psíquico-infecciosos.

A extensão da mente é imensurável, requerendo trabalhador permanente.

A lavoura mental, de certo modo, pede a presença do Cristo agrário, sem o qual o sol não despontará nos horizontes da vida.

Pede a presença do Médico dos médicos para que se faça o saneamento espiritual.

Pede a presença do Mestre dos mestres, no sentido da instrução e para que a disciplina se torne visível em todas as frentes do saber e dos sentimentos.

A mente é como um aditamento espiritual para a alma, uma escola de relevância transcendental na Terra, alojando qualidade e manifestando dons, diante de quantas colisões forem necessárias.

Não há progresso sem as sucessivas etapas de lutas e nem sempre o vitorioso é o vencedor, como o vencido, muitas vezes, não é verdadeiramente o derrotado.

A engrenagem da vida se apresenta envolvida em mistérios intrincados, dirigida por leis sutis, atendendo o carma individual, como força teleguiada, à ordem maior de processos evolutivos.

Eis o esquema ao qual nos compete obedecer dentro do rigor que as nossas forças suportarem.

Acionemos a boa vontade e a inteligência para o trabalho da educação da mente, sem recuar frente aos falsos perigos.

Não deveis vos apoquentar com simples arranhões nas estradas.

A viagem é longa e, para avançarmos, gastaremos combustível em forma de dor e de sacrifício, dos quais a inteligência educada sabe se desvencilhar.

A lavoura, na atualidade no mundo, faz cumprir as profecias por intermédio da tecnologia, multiplicando-se quantas vezes a ciência desejar.

Assim deve ser o plantio no campo da mente.

A técnica filosófica e religiosa tem o direito de alcançar meios e métodos que correspondam ao mesmo avanço da ciência terrena, no mundo das ideias, na formação dos pensamentos, na obra completa da semeadura.

E que os frutos, igualmente, se multipliquem muitas vezes na área do amor, na construção do bem, na prática da caridade, no curso do perdão, na fraternidade, no trabalho e na concórdia.

A substância de uma mente educada alimentará todo o organismo, dando ao espírito um corpo em condições de desempenhar os deveres concernentes aos – 32 – compromissos assumidos.

A glândula pineal planifica as forças espirituais, doando a todo o sistema nervoso a cota correspondente às suas necessidades.

E, quando a mente é sadia, essa energia vivifica, duplica as possibilidades, lubrifica todo o engenhoso sistema glandular e linfático, amacia os músculos e fornece resistência ao conjunto ósseo, e ainda assinala com segurança a presença de fenómenos ultra-sensoriais, de intercâmbio entre os dois mundos.

Eis aí o valor dos pensamentos retos, das emoções disciplinadas e dos sentimentos puros.

Se porventura ainda nos faltarem essas condições, não é bom que falte a boa vontade para adquiri-las, com o esforço de todos os dias e o uso dos meios lícitos.

O Evangelho representa a herança de todos os estudantes da verdade.

Sigamos o Mestre, que Ele já nos segue há bilhões de anos, sem que o cansaço desfigure Sua inteligência.

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