Evangelho Segundo o Espiritismo Parte 94

NECESSIDADE DA CARIDADE, SEGUNDO S. PAULO

6. Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine, ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas, ainda quando tivesse a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. E, quando houver distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.

A caridade é paciente, é branda e benfazeja, a caridade não é invejosa, não é temerária, nem precipitada, não se enche de orgulho, não é desdenhosa, não cuida de seus interesses, não se agasta, nem se azeda com coisa alguma, não suspeita mal, não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade, tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem, mas,dentre elas, a mais excelente é a caridade (S. PAULO, 1ª Epístola aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e 13.)

7. De tal modo compreendeu S. Paulo essa grande verdade, que disse: Quando mesmo eu tivesse a linguagem dos anjos, quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Dentre estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade. Coloca assim, sem equívoco, a caridade acima até da fé. É que a caridade está ao alcance de toda gente: do ignorante, como do sábio, do rico, como do pobre, e independe de qualquer crença particular.

Faz mais: define a verdadeira caridade, mostra-a não só na beneficência, como também no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.

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