Sombra e Luz – Irmão José 4/5 (1)

Ninguém deve recuar diante das dificuldades e dos desafios, ninguém deve fugir à luta com receio da tentação, ninguém deve se esconder temendo a intempérie da prova…

Todos, sobre a terra, onde estiverem, estarão expostos aos problemas que eles próprios criaram através de seu livre-arbítrio.

Onde o homem estiver e com quem estiver, ele estará sempre consigo mesmo na necessidade inadiável de superar-se.

Não adianta que o homem fuja ou que abdique dos seus compromissos. Todos estão vinculados as suas carências e renasceram ligados uns aos outros, mas, especialmente, àqueles juntos aos quais o compromisso fala mais alto.

É indispensável, portanto, que o homem não deixe a cruz à margem da estrada, imaginando que seus passos haverão de se tornar mais lépidos na caminhada… Os que alijam nos ombros o madeiro que talharam com as próprias mãos haverão de retomá-lo, e aqueles que dão as costas a determinadas situações expiatória facearão problemas muito mais complexos, porque, em realidade, a batalha que o homem trava não se encontra alhures – o seu campo de batalha é sua própria alma!

Sobre si mesmo o homem deve ansiar a sua maior vitória e a sua maior conquista! Assim pensando, na brevidade da vida física e na transitoriedade das situações sobre o mundo material, onde tudo está sujeito a intermináveis mudanças, que o homem persista no cumprimento do dever, não rompendo com o compromisso assumido diante da consciência.

As dificuldades são inúmeras, embaraçosas, quase intermináveis, permeando a jornada do homem praticamente do berço ao túmulo… Ninguém espera a paz absoluta, a tranqüilidade inalterável… Enquanto estiver a caminho, sombra e luz haverão de se alternar sobre a entrada em que o homem se movimenta em busca de sua redenção espiritual, mas, além das nuvens espessas que tisnam a claridade solar, brilha o astro-rei no firmamento…

Irmão José

Carlos A. Baccelli

Mediunidade, Corpo e Alma

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