D I V Ó R C I O – I – Casamento 5/5 (1)

1. Compreendendo-se que muitos casamentos resultam em uniões infelizes e, às vezes, até mesmo profundamente antipáticas, induzindo os cônjuges ao divórcio, como interpretar a fase de atração recíproca, repleta de alegria e esperança, que caracterizou o namoro e o noivado? Resp. : Qualquer pessoa que aspire a um título elevado passa pela fase de encantamento. Esfalfa-se o professor pela ascensão à cátedra. Conseguindo o certificado de competência, é imperioso entregar-se ao estudo incessante para atender às exigências do magistério.
Esforça-se o acadêmico pela conquista do diploma que lhe autorize o exercício da profissão liberal. Laureado pela distinção, sente-se compelido a trabalho infatigável, de modo a sustentar-se na respeitabilidade em que anela viver. — Assim também o matrimônio.
2. Como interpretar as contrariedades e desgostos domésticos? Resp. : O homem e a mulher aguardam o casamento, embalados na melodia do sonho, entretanto, atingida a convivência no lar, surgem as obrigações, decorrentes do pretérito, através do programa de serviço traçado para cada um de nós pela reencarnação, que nos compele a retomar, na intimidade, todos os nossos erros e desacertos.
Fácil, dessa forma, reconhecer que todas as dificuldades domésticas são empeços, trazidos por nós próprios, das existências passadas.
3. De modo geral, que é, nas leis do destino, o marido faltoso? Resp. : Marido faltoso é aquele mesmo homem que, um dia, inclinamos à crueldade e à mentira.
4. E a esposa desequilibrada? Resp. : Esposa desequilibrada é aquela mulher que, certa feita, relegamos à necessidade e à viciação.
5. Quem são os filhos problemas? Resp. : Filhos problemas são aqueles mesmos espíritos que prejudicamos, desfigurando lhes o caráter e envenenando lhes os sentimentos.
6. Qual a função essencial do lar e da família? Resp. : No caminho familiar, purificam-se impulsos e renovam-se decisões. Nele encontramos os estímulos ao trabalho e as tentações que nos comprovam as qualidades adquiridas, as alegrias que nos alentam e as dores que nos corrigem.
7. Como é encarado o divórcio nos planos superiores de espírito? Resp. : O divórcio conquanto às vezes necessário, não é caminho salvador quando lutas se agravem. Ninguém colhe flores do plantio de pedras.
Só o tempo consegue dissipar as sombras que amontoamos com o tempo. Só o perdão incondicional apaga as ofensas, apenas o bem extingue o mal.
8. Existem casos francamente insolvíveis nos casamentos desventurados, não será o divórcio o mal menor para evitar maiores males? Resp. : Muitos dizem que o divórcio é válvula de escape para evitar o crime e não ousamos contestar. Casos surgem nos quais ele funciona, por medida lamentável, afastando males maiores, qual amputação que evita a morte, mas será sempre quitação adiada, à maneira de reforma no débito contraído.
9. Por mais ríspidas se façam as lutas, no casamento, é melhor permanecer dentro delas? Resp. : Pagar é libertar-se, aprender é assimilar a lição.
Espírito : Emmanuel Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Leis de Amor – Cap. IV

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