ANSIEDADES – EMMANUEL

EMMANUEL

“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” — (1ª EPÍSTOLA A PEDRO, CAPÍTULO 5, VERSÍCULO 7.)

As ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra.

Invariavelmente, o homem precipitado conta com todas as probabilidades contra si.

Opondo-se às inquietações angustiosas, falam as lições de paciência da Natureza, em todos os setores do caminho humano.

Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de traba¬lhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão.

Se a criatura refletisse mais sensatamente reco¬nheceria o conteúdo de serviço que os momentos de cada dia lhe podem oferecer e saberia vigiar, com acentuado valor, os patrimônios próprios.

Indubitável que as paisagens se modificarão in¬cessantemente, compelindo-nos a enfrentar surpresas desagradáveis, decorrentes de nossa atitude inade¬quada, na alegria ou na dor; contudo, representa im¬positivo da lei a nossa obrigação de prosseguir dia¬riamente, na direção do bem.

A ansiedade tentará violentar corações genero¬sos, porque as estradas terrenas desdobram muitos ângulos obscuros e problemas de solução difícil; entretanto, não nos esqueçamos da receita de Pedro.

Lança as inquietudes sobre as tuas esperanças em Nosso Pai Celestial, porque o Divino Amor cogita do bem-estar de todos nós.

Justo é desejar, firmemente, a vitória da luz, buscar a paz com perseverança, disciplinar-se para a união com os planos superiores, insistir por sinto¬nizar-se com as esferas mais altas. Não olvides, po¬rém, que a ansiedade precede sempre a ação de cair.

EMMANUEL

Pedro Leopoldo, 22 de fevereiro de 1950.

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